quinta-feira, julho 13, 2006

Pai Cerejo e Mãe Ivone


Um dia perguntaram-me como era ser filha dos meus pais!!!!

Não entendi; pensei que era igual a qualquer outro ser, que tem pai e mãe! Às vezes são engraçados, outras "engraçadinhos", outras chatos e aborrecidos, outras abelhudos...
Também costumavam ficar à
minha espera quando chegava tarde... Dar-me o pequeno almoço na cama!
O habitual... ou talvez não! Talvez sejam realmente diferentes. Costumam falar-me assim:

Pai Cerejo

"Para a minha filha,

MÃE,

Diz-lhe tu que a amo
"Porque é secreto o meu amor."
Diz-lhe, diz-lhe tu, que não foi o acaso:
"Ela foi feita com as graças do nosso amor!"
Confirma-lhe tu que não sou mesmo muito corajoso,
mas forte para me ter desviado de caminhos desacertados.

FILHA,

Nunca levantei a voz ou o braço, mas permaneço
vigilante e olho às escondidas para ti!
Nunca fui tão tranquilo como pareço, porque internamente
me dói a dor dos outros...dos jovens e me arrebato quando percebo
que também tu sofre por eles...
Não sou desiludido;
Continuo à espera do teu triunfo!
Ele virá, porque acredito que de nós nunca
nasceria um "rebento inútil".
Um permanente beijo
e um abraço "oceânico".
Pai



Mãe Ivone

Sofiazinha

Tudo começou
Por: "era uma vez..."
Cada ano passou
Já são vinte e três.

Foi talvez pintor
Foi talvez poeta
Quem te deu a côr
Da maça reineta.

Andaste na escola
No "monte" em escalada"
E jogaste à bola,
Brincaste à apanhada.

Vieram amigos
Em tardes de calma
Partilhar sentidos
Segredos da alma.

Bons e maus momentos
Mágoas e amores!
Em acampamentos
Criaste valores.

Cresceste, tens voz
Mas, se Deus quiser
És sempre pra nós
Menina / Mulher.

Dizemos-te aqui,
Com amor profundo:
"Queremos pra ti
O melhor do mundo."

Porque a vida é bela
E passa num ai
Aprende a vivê-la!
Tua mãe, teu pai!

Mãe

Maio, 1998

6 comentários:

disse...

Dos tios Cerejos guardo recordações fantásticas.
O tio Cerejo, sempre a colocar água na fervura, com muita calma ia falando connosco e tentava sempre ao jeito dele resolver as coisas de uma forma justa.
A tia Vonita, bem, a tia Vonita encarna na íntegra o papel de Florbela Espanca.
(Sofes não lhe digas nada, mas acho que passou ao lado de uma carreira de actriz).
Chega a ser cómica nos seus exageros.
Elejo aquela nossa chegada a casa às 3 da manhã(eu, tu e a Lua), como o episódio dos episódios.
São um casal muito especial para mim, diria mesmo os meus segundos pais.

L.G. disse...

Conheço-os mal. Mas percebo o teu pai, "porque internamente
me dói a dor dos outros... e me arrebato quando percebo
que também tu sofre por eles..." [desculpa o plágio, mas conheço bem este sentimento]. Gostei do post. Para ñ variar, emocionei-me a sério. Bjs

Ana Paulo Santos disse...

São tios maravilhosos, o tio Cerejo e a tia Ivone!
De uma história de amor diferente nasceu uma filha especial e uma família fantástica.
Há tantos momentos que me vêm logo à cabeça, mas conto este, recente: o tio Cerejo a dar chapadinhas na cara de todos os amigos que estavam no casamento e a dizer: "Ai, este, deu-me muito trabalho!" E a tia Ivone: "E eu tenho de ir com ele para casa!"

disse...

LOL
que dia fantático, não foi Lua?
Atrevo-me a dizer que foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Bjs gordinhos

Anónimo disse...

Pai Cerejo, não continue à espera, o triunfo da Sofia não vai chegar!
Ela é de si uma triunfadora.
Nós, os Amaros, fizemos uma excelente aquisição, e o passe dela está como o do C.Ronaldo "not for sale".
Sofia não ligues, quando não vejo os amigos com a regularidade que necessito fico piegas e pior que isso... sincera!
A ti um grande grande grande bem hajas pelo blog, tão intimista e caloroso.

Anónimo disse...

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