segunda-feira, abril 30, 2007


















[Foto: Nuno Milheiro]


QUANDO AS COISAS NÃO

SÃO

COMO QUEREMOS...


São tantas as coisas que não são como queremos.
São demais.
Mas vamo-nos aguentando no nosso dia-a-dia com as novidades e vamo-nos adaptando (que remédio) a elas de qualquer forma, porque é assim!
Simplesmente porque é assim, porque estamos cá e porque a vida não é uma linha suave e sempre direita.
A vida, nem é suave, nem é direita nem tão pouco uma linha.
Pergunto-me vezes sem conta qual é o nosso propósito nesta vida, porque viémos cá e se tudo o que nos espera no futuro espera-nos porque fomos nós afinal, que fizémos dessa espera um ponto obrigatório de passagem.
Talvez.
A verdade é que muitas vezes não estamos preparados para aquilo que nos aguarda; nem por nós nem pelos outros.
Um dia destes apercebi-me o quanto gosto de dois dos meus amigos, o quanto sinto a falta deles, dos bons momentos, do carinho, do sorriso e do conforto! Sempre! Mesmo qdo a vida deles não é fácil.
E tenho saudades.
Saudade, a palavra mágica só nossa, tão nossa que nos desengasga daquele sentimento que todos sentimos por alguém mas que só a nossa língua expressa.
Saudade do que já passou, do que poderemos ainda passar juntos e de tudo o que não sabemos se vamos poder passar.
Basta uma pedra no caminho para nos lembrarmos deles.
Basta um túnel ainda sem luz para sentirmos necessidade de ouvi-los um pouquinho só!!!!
Já lá vão 14 anos desde que os conheço!
Hoje olho e percebo que dedicamos tão pouco tempo às pessoas realmente importantes e tanto tempo a quem apenas com um fechar de olhos nos substituía facilmente.
Eu acredito no anjo da guarda. Pelo menos o MEU existe. E se eles não tiverem nenhum, que dúvido, eu dou-lhes o MEU de livre vontade para que desculpem a minha ausência e voltem para mim como eram antes da pedra se ter atravessado no caminho.
Á minha amiga do coração um bem haja por existir, estar sempre naquela linha da lista telefónica do telemóvel e um pedido de desculpa por usar aquela linha tão pouco, porque eu sei que ela já precisou de mim e eu não ouvi. Não ouvi a única pessoa no mundo que para mim foi a maior confidente, amiga e um pouco mãe. A única pessoa que no momento certo, naquele momento em que era necessário eu rir e perceber que mais uma vez ela iria apoiar-me como sempre, me fez um lanche onde colocou apenas um limão e um recado... "para tirares essa sorriso de felicidade da cara..."!!!
Ao meu amigo que simplesmente quero de volta, tal qual como era, porque ainda não jantámos fora como falámos que haviamos de o fazer há... 2 anos... mais, talvez...

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